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Mitologia, Lenda, ou Folclore?

Olá Amigos! Estava conversando com um amigo outro dia sobre mitologias mundiais, suas semelhanças e contradições entre as diferentes culturas e nações, e blá blá blá, quando entramos numa duvida: qual a diferença entre Mitologia, Folclore, Lenda e afins?

18 de agosto de 2011

Mitologia, Lenda ou Folclore?

Caduti dei Giganti - Giulio Romano
Afresco no Pallazo del Té
Olá Amigos!

        Estava conversando com um amigo outro dia sobre mitologias mundiais, suas semelhanças e contradições entre as diferentes culturas e nações, e blá blá blá, quando entramos numa duvida: qual a diferença entre Mitologia, Folclore, Lenda e afins? Com base nessa pesquisa, saiu esse post. Tentarei explicar de forma simples a diferença, ok?


        Primeiro, a mais famosa: Mitologia. De acordo com o iDicionário Aulete, essa pode ser definida por “História fabulosa de deuses, semi-deuses, heróis e vilões lendários; qualquer história fabulosa perpetuada pela tradição oral, protagonizada por entes mágicos ligados à natureza, que busca explicar alguns aspectos da condição humana.” Ou seja, se envolver explicação de coisas ligadas à natureza e realizadas por seres incríveis, desde que associada a algum povo/nação, isto se torna Mitologia. Personifica-se e explica-se nas mitologias mundiais a criação e destruição do mundo, os fenômenos naturais, a fertilidade (ou falta dela), o amor, a guerra, o mundo subterrâneo e diversos outros aspectos.


       
Se pá, ele nem era tudo isso...

     E as lendas? Segundo o mesmo compêndio lexicográfico são “histórias fantasiosas de personagens, como santos ou heróis, ou ainda seres sobrenaturais, que fazem parte da tradição oral de um povo; ações praticadas por estes e que adquirem feição fantástica, graças à interpretação popular.” Aqui passa a impressão de uma leve existência, certo? Tipo, os fatos são exagerados, mas os personagens podem ser reais. Tipo um Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, mais ou menos. Sabe-se que o rei existiu, os cavaleiros também; mas provavelmente ele não tenha sido tudo isso que se conhece hoje. Também é improvável uma mesa tão grande, para tantos cavaleiros!


        At last, but not least, o folclore: “Conjunto de
manifestações da cultura popular e das tradições de um povo: músicas, danças, lendas e crenças fazem parte do folclore de uma nação.” Aqui, além das histórias, entram também as danças, as músicas e muito mais. Envolvem-se também os costumes e as festas populares como o Festival do Boi Bumbá, de Parintins. Ainda, de acordo com a UNESCO, este fato deve possuir tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade e aceitação coletiva. Bacana lembrar que a palavra é de origem inglesa: folk (povo)+lore (saber).
        Enfim, acho que é isso. E aí, agora ficou fácil?
        Abraços!

24 de junho de 2011

Poseidon


Poseidon demonstrando sua fúria

Olá Amigos!

        Vamos falar hoje de Mitologia e, atendendo aos pedidos de alguns amigos, vamos a um irmão de Zeus muito conhecido: Poseidon.
        Poderoso deus responsável pelo reino das águas, Poseidon possuía um palácio no fundo do mar Egeu (que banha parte da Grécia), mas podia dar as caras em qualquer poça d’água que bem entendesse, afinal, ele é o deus das águas. Após nascido, ele foi devorado pelo pai, Chronos, assim como os outros irmãos, até que seu irmão caçula, Zeus, libertou-os. Geralmente é representado como um homem de barba e cabelos brancos e com um tridente, com o qual provocava maremotos e fazia brotar água do solo em que o batia. É recorrente também a figura do cavalo, animal atribuído a ele talvez pela sua descendência.

Mosaico de Anfitrite e Poseidon,
no Museu do Louvre

        Mantendo a tradição da família, Poseidon era casado e também dava suas escapulidas. Sua esposa era Anfitrite, uma das Nereidas. Com ela, teve apenas um filho: Tritão. E ele não tinha muito critério com o sexo oposto não... vacilou, o tridente pega! Poseidon “fisgou” górgonas, ninfas, humanas, dríades e, a exemplo de Zeus, até a irmã! Este seja, talvez, um dos mais famosos casos dele. Deméter não o queria e, para evita-lo, ela se transformou numa égua e misturou-se a um bando de cavalos. Pois o cara descobriu, transformou-se num garanhão e copulou com a égua deusa, brotando deste enlace Árion, um cavalo esplêndido. Poseidon é ainda pai do ciclope Polífemo (que Ulisses cegou na Odisséia) e do herói Teseu.

A bela Medusa, segundo alguns...
        Outro filho equino de Poseidon é o famoso Pégasus, que é filho dele com a Medusa, aquela das cobrinhas na cabeça. Essa fita foi incrível! Medusa era uma das mais belas sacerdotisas do templo de Atena, eterna rival de Poseidon. Certa vez, a indefesa moça cedeu às investidas do furioso deus dos mares e o lance rolou dentro do templo mesmo. Atena, a deusa virgem, enlouquecida pelo ato dentro de “sua casa” transformou Medusa num monstro com cabelos de serpente, que petrificaria todos que olhassem para ela. Estava Medusa grávida de “gêmeos” quando foi decapitada por Perseu e, ao pingar seu sangue nasceram o cavalo alado e o gigante dourado Crisaor. 
Ruínas do Templo de Poseidon

    Há, ainda hoje, as ruínas do Templo de Poseidon na Grécia, às margens do Mar Egeu, numa cidade chamada Sounion que fica a 01 hora de Atenas. Dizem que o pôr do sol por lá é um espetáculo fascinante. A foto ao lado não permite outra interpretação, certo?
        Abraços!

20 de junho de 2011

O Poderoso Chefão

Olá Amigos!

        Finalzinho de faculdade, menos correria, finalmente eu consegui voltar e atualizar o blog. Agradeço a todos pelos acessos e comments. E vamos de filme, aliás, filme mega clássico: O Poderoso Chefão, parte I.

Mario Puzo e sua Obra Prima

        Um dos filmes mais lembrados e cultuados por todo o planeta, é também um dos meus clássicos favoritos. As falas, as roupas, o cenário, o estilo de Don Corleone e sua “famiglia” são marcas incrivelmente exploradas em todo o mundo, em diversos segmentos. Mas, antes de falarmos de tudo que envolve o filme (assunto para ouro post), falemos do filme, em si.

        O plot da trama se baseia no livro homônimo de escritor americano (de origem obviamente italiana) Mario Puzo , publicado originalmente em 1969. Situado na Nova York pós 2ª Guerra Mundial, Don Corleone é uma mafioso influente, chefe de uma das “famiglias” dominantes. Apadrinhando várias pessoas, entre elas muitos artistas e celebridades, Don espera ajuda mútua em troca posteriormente. Isto acontece também entre os gângsteres e outras “famiglias” da cidade. Contudo, porém, ele não concorda com a estrada de narcóticos na cidade, pois acha que controlar o jogo, mulheres e proteção já é o suficiente. Essa era a vontade de outra família, rival à Corleone.

"I'm gonna make him an offer he can't refuse"

       Após mostrar resistência neste assunto, sua família começa a sofrer atentados. Ele, inclusive é baleado. É aí que Michael, filho caçula, militar e único não envolvido nos negócios da família, entra no jogo e vê a necessidade de garantir os negócios de seu pai e proteger sua família. E uma batalha de estratégia tem início em NY.

        Só assistindo para ter uma noção de como é ótimo! A película abocanhou o Oscar de Melhor Ator (Marlon Brando), Melhor Roteiro Adaptador e de Melhor Filme; ganhou em mais 05 categorias do Golden Globe; outra premiação no BAFTA (UK); outros prêmios na Itália e ainda o Grammy de Melhor Trilha Sonora , tudo em 1973, além de muitos outros.
        Eis a ficha resumida:


Nome Original
The Godfather
Ano de Lançamento
1972
Gênero
Drama (Clássico)
Direção
Francis Ford Coppola
Duração
02h51min.
Elenco
Marlon Brando (Don Vito Corleone), Al Pacino (Michael Corleone), Diane Keaton (Kay Adams), Richard S. Castellano (Peter Clemenza), Robert Duvall (Tom Hagen)

       
       Abraços!

1 de junho de 2011

A Torre Negra


Os 7 livros da Série

Olá Amigos!

        Após um longo e tenebroso inverno, consegui arrumar um tempinho para brindarmos com um cálice de conversa...
        E, seguindo a ordem mundial, vamos de Literatura. Neste post falaremos de uma coleção que é incrivelmente apaixonante: A Torre Negra, de Stephen King.
        A Torre Negra é um romance eletrizante, composto por sete livros, completando mais de 3200 páginas de pura emoção, aventura e fantasia, num mix de faroeste, cultura pop, ficção científica e inúmeras referências à cultura popular contemporânea.


O "fanfarrão" Stephen King

       
          Na trama de suspense, Roland Deschain é o protagonista. Ele é um pistoleiro, o último da sua linhagem, que busca evitar que o mundo “passe adiante”. Isso só será possível se ele conseguir alcançar a Torre Negra, eixo central de todas as dimensões. Para que isso aconteça, o pistoleiro sai de Gilead, sua cidade natal e vai vivendo inúmeras aventuras, visitando diversas cidades, conhecendo lugares, pessoas e fatos incríveis,  até chegar à Torre... mas será que eles chegam? Sim, “eles”. O pistoleiro recruta algumas pessoas de diferentes dimensões (nada de ET; são seres humanos mesmo, só que de tempos cronológicos diferentes) nessa imensa jornada que vão seguindo com ele, pois no fim das contas, todos são unidos pela força do Ka e seu respectivo Ka-Tet.


Símbolo do Ka (destino)

        Como Stephen King, sucesso, cinema e qualidade são quase sinônimos, A Torre Negra se tornou, além do livro, uma coleção de gibis lançados no Brasil pela Panini e também um filme que iniciará as gravações em 2012.

        O filme é um projeto ambicioso, que será da seguinte forma: um filme com o início da história; uma temporada de seriado para TV como ponte para o segundo longa metragem; após isso, outra temporada na TV, focando o pistoleiro quando jovem e daí, enfim, o último filme, encerrando a história, com Roland já maduro. Os direitos já estão acertados entre King e Universal, com direção de Ron Howard, produção de Brian Grazer e roteiros de Akiva Goldsman.
        E você, já leu A Torre Negra ou já leu os gibis? Eu ainda não li os gibis, mas os livros são espetaculares!
        Abraços!




12 de abril de 2011

Brahma, Vishnu e Shiva: a Trimúrti Hindu

Trimúrti Hindu

Olá Amigos!

        Para balancear os assuntos, vamos de Mitologia, dando seqüência à Série "Deuses Criadores e/ou Maiores". Depois de Zeus e Odin, vamos para o Oriente, onde falaremos da Trimúrti, a Trindade Hindu.
        A Trimúrti é formada por: Brahma (criação), Vishnu (conservação) e Shiva (destruição), que representam as três forças essenciais do Universo. Partilham do ideal de que tudo que é criado e/ou nascido deve evoluir, manter-se e, de uma forma ou de outra, acabar-se, destruir-se. Isso com tudo: pessoas, animais, objetos, mundo, universo, etc... Sem visões negativas e/ou positivas; todas são necessárias e essenciais.

Brahma

        Brahma, ao contrário de outros deuses criadores, não possui tantos seguidores no hinduísmo quanto seus companheiros de Trimurti, pois os hindus acreditam que seu papel está, em boa parte, cumprido com a criação do universo e tudo que nele existe. É geralmente representado com quatro cabeças (uma para cada direção) e com quatro braços, onde apresenta uma flor de lótus (símbolo de pureza), os Vedas (Escrituras), um bule com Amrita (símbolo de potência vital) e com a última mão faz um mudra (símbolo do destemor).

Vishnu

        Vishnu, figura conservadora, é mais famoso que Brahma, pois este nasce de uma flor de lótus de seu umbigo (!). Responsável pela manutenção de tudo que Brahma criou, ele é reconhecido por suas vindas ao mundo terreno, onde se apresenta em forma de avatares, que serão 10 e já se conhece 9 (entre eles: Budha e Krishna). Achou que o nome do filme e os carinhas serem azuis era mó criatividade? Pois é... É frequentemente representado sobre um deus-serpente também com 4 braços, que seguram uma concha (união dos sons da criação), um disco de energia (roda do tempo e o que é certo), uma lótus (pureza e perseverança) e um cajado (ataque aos desejos que são fonte de insegurança).

Shiva

        Shiva pode ser chamado de "Destroyer" ou de "Transformer" porque no Hinduísmo a destruição também é símbolo de renovação, transformação. Somente aquilo que é destruído pode ser reconstruído e/ou renascido. Criador da Yôga, arte que visa a transformação, equilíbrio e renovação do ser, é também  Senhor absoluto da Morte. A representação de Shiva é muito vasta, tendo várias vertentes simbológicas. Algumas delas: o tridente, chamado "trishula" representa a inércia, o movimento e o equilíbrio (cada dente é uma); a serpente em volta do pescoço representa o domínio sobre a Morte; o jorro d'água é a nascente do Ganges, rio sagrado na Índia.
        Ufa! Por enquanto, é só hehehe!
        Abraços!

11 de abril de 2011

O Casamento dos Trapalhões

Olá amigos!

        Acharam que eu tinha parado? Não, cá estamos de volta! E agora vamos de filme clássico infantil, um dos antigos, da Golden Age dos caras: O Casamento dos Trapalhões!
        Quem nasceu na década de 60, 70, 80 (acho que até no começo dos 90) viu um pouco do programa que passava aos domingos antes do Fantástico e quando começava a música da abertura, já se arrumava na frente da TV para não perder nem um minuto.
        Didi, Dedé, Mussum e Zacarias faziam a alegria de crianças, jovens, adultos e idosos não só no programa dominical , mas também no cinema (gravaram mais de 40 filmes entre 1965 e 2008), produziram desenhos animados,  HQs, discos e brinquedos.
        E o filme escolhido foi: O Casamento dos Trapalhões. Esta película conta a estória de quatro irmãos caipiras (Os Trapalhões) que vivem num sítio. Didi vai à cidade e conquista Joana. Na volta ao sítio ela fica embasbacada com a bagunça de Didi e dos irmãos e começa a organizar o lugar. Uma irmã deles manda uma carta pedindo que os seus filhos fiquem um tempo no sítio, pois irão tocar no Rodeio da cidade. Os sobrinhos são o Grupo Dominó. Na festa da cidade, os quatro irmãos famosos arrumam namoradas, bem como os tios caipiras. Após outra briga com Expedito, vilão da cidade, o coro come, mas voltam pro sítio. Expedito e a sua gangue descobrem onde eles moram e vai até o sítio. O final, eu não conto, pois vocês terão de assistir!
        Clássico tupiniquim, agora disponível em DVD pela Europa Filmes, que remasterizou todos os filmes do quarteto! Abaixo segue a ficha resumida:

Nome Original
O Casamento dos Trapalhões
Ano de Lançamento
Cinema: 1988   |  DVD: 2008
Gênero
Comédia Nacional
Direção
José Alvarenga Jr.
Duração
01h22min.
Elenco
Didi, Dedé, Mussum, Zacarias, José de Abreu (Expedito), Nádia Lippi (Joana), Grupo Dominó (Afonso, Nill, Marcelo e Marcos), Gugu e mais...


        Abraços!

22 de março de 2011

Vidas Secas

Olá Amigos!
    
         Desculpem pela demora da atualização, mas estou com a vida meio corrida.
      De qualquer forma, hoje vai um post diferente, no estilo "10 Capas de..." do Listas Literárias, um blog muito bom sobe Literatura e afins.
       Vidas Secas é um ótimo livro, coloco entre os melhores que já li. Graciliano Ramos é um dos Mestres da nossa Literatura e, não por acaso, obteve tanto sucesso internacional com essa obra. O processo de humanização da cadela Baleia e da desumanização de Fabiano é quase poético, coisa fina mesmo!
       Para quem já leu, é chover no molhado; para quem não leu fica a dica: Vidas Secas, de Graciliano Ramos: um obra de leitura obrigatória para qualquer brasileiro, atual desde 1938 (nosso Brasil não muda...). Tem em toda biblioteca pública, de escola, faculdade, empresa, sites de compras e etc. Leia, você não vai se arrepender.
       Há também um DVD (pois é, virou até filme em 1963) que é mais difícil de achar, mas uma ótima adapação também. Clique aqui neste link e veja uma cena do filme, uma das melhores, que tem no You Tube. As capas abaixo são as edições que encontrei na rede mundial sobre publicações no mundo todo.

1ª Edição (1938)

Hungria

Estados Unidos

Holanda

Turquia

Alemanha

Portugal

Argentina

Capa Mais famosa no Brasil

Espanha

Romênia

Itália

Língua Neerlandesa

República Tcheca


Rússia
Abraços!


27 de fevereiro de 2011

Introducing The Joker!

The Insane Clown
Olá Amigos!

        Diversificando os assuntos, hoje falo de um personagem sinistro, insano, vilão, mas que todos admiram! Ele, o Coringa!
Esse personagem foi criado por Bob Kane e teve sua imagem inspirada no ator Conrad Veidt, no filme "The Man Who Laughs". O Coringa é um personagem que tem uma biografia incrível, tão controversa e infundada quanto ele mesmo! Suas origens são diversas, mas a que eu tomo como "verdadeira" é a que se conta na Graphic Novel "A Piada Mortal", de Alan Moore. Nela, Jack Napier é apenas um comediante falido, com uma esposa grávida, devedor de aluguel (como outro ícone: Madruga), enfim, na pior. Sem arrumar emprego, é convidado por uns malacos a participar disfarçado de um assalto numa indústria de baralhos. Mesmo sem querer ir, é forçado e vai. Nessa empreitada, o Batman aparece e o coitado do Jack cai num caldeirão de detritos químicos, tendo seu rosto desfigurado e ficando do jeito que o conhecemos hoje, esse cara simpático e sempre sorridente!      Na versão cinematográfica de 1989, ele aparece como o assassino dos pais de Bruce Wayne, ou seja, bandido das antigas, o que não favorece o palhaço.

The Joker #1

Batman #1
     The Joker é tão especial na história do Batman, que ele aparece logo na Batman #01, apavorando com o morcegão e seu parceiro Robin. Em outras publicações especiais, como a Graphic Novel Asilo Arkham, o Coringa também tem destaque, sendo o articulador do convite a Batman. Aliás, o Coringa é, até onde eu sei, o único vilão que teve uma revista periódica dele, como Batman, Capitão América, Homem Aranha e tal, que era chamada (óbvio) de "The Joker". Ela rolou de 1975 a 1976, em nove edições.
E, aliás, qual você prefere: a versão mais engraçada de Cesar Romero, no seriado televisivo da década de 60, o insano Jack Nicholson do cinema de 1989 ou o psicopata de humor negro de Heath Ledger em Dark Knight?
Abraços!


Cesar Romero, Jack Nicholson ou Heath Ledger?

18 de fevereiro de 2011

Odin

Olá Amigos!

        Volto hoje com um post de Mitologia, mas vamos sair do lugar comum e falar de Mitologia Nórdica, um pouco desconhecida, mas também muito interessante. Como na grega e na romana (e como na maioria das mitologias), também existe um deus superior, um manda-chuva e aqui ele é representado por Odin.
        Odin, filho de Borr e da gigante Bestla, tem dois irmãos: Vili e Ve. Casado com Frigga, eles têm três filhos: Baldur, Holdur e Hermod. Teve outros filhos fora do casamento, destacando-se o indomável Loki e o poderoso (e famoso) Thor.
        Este líder divino nórdico tem uma simbologia imensa ligada a ele. Geralmente é representado com um tapa olhos ou com um olho desfigurado, ao lado de dois corvos, dois lobos, em cima de um cavalo de oito patas e segurando uma lança. Mas, palma, palma, não priemos cânico! Explicarei cada uma delas.
        O lance do olho é por conta da sua "sede" por sabedoria. Odin já era um cara top, antes mesmo de ser deus, pois fazia parte de uma tropa de guerreiros-sacerdotes e usavam técnicas dos xamãs. Ele queria ser mais top e conhecer os mistérios mágicos. Ficou pendurado de ponta cabeça na Yggdrasil por 9 dias, sem comer ou beber. Quando já estava para despirocar, ele viu no chão alguns caracteres rúnicos e os recolheu. Mas isso não era o bastante, Odin queria mais. Quis beber da água da Fonte do Conhecimento, que pertencia ao gigante Mimir. Pagamento: um olho.
        Os corvos são Hugin e Munin, mas podemos chamá-los de Nelson Rubens e Leão Lobo. A função dos dois era rodar o mundo e, ao fim do dia, trazer as novidades a Odin, que agora já havia se tornado "O" deus. Os lobos são Geri e Freki, que só queriam saber de comer toda carne, inclusive humana, que aparecia por perto. O pocotó pernudo da figura acima é Sleipnir, um corcel lendário com 8 patas e que era a criatura mais veloz.  Levava Odin para qualquer lugar, terra, céu, espaço, Valhalla, Asgard, etc. Esse terá um post aqui em breve, pois sua origem é muito pitoresca. A lança era a Gungnir, oferta de anões ferreiros que, uma vez lançada, só parava no alvo.
        Tem muito mais para falar desse povo, que tem uma mitologia riquíssima, mas isso é assunto para outros posts.
        Abraço!

9 de fevereiro de 2011

1984

Uma das capas do Livro
Olá Amigos!

        Sigo tentando manter alguma regularidade por aqui. E, dessa vez, vamos de Literatura. Você já leu o romance inglês de George Orwell chamado 1984?       
        A obra tem como foco principal mostrar os regimes totalitaristas mundiais e suas conseqüências. Num mundo totalmente diferente do que nos é conhecido,  Winston Smith consegue se manter fleumático nessa realidade distópica, trabalhando no Ministério da Verdade da Oceania. Este Ministério possui, entre outras funções, a pitoresca atribuição de "retificar" notícias. Eles alteram edições antigas do jornal The Times para que a "verdade" seja aquela que melhor convenha com os interesses do Grande Irmão, que tudo vê, e do IngSoc, modelo de governo adotado na Pista Nº 1 (Inglaterra).
Capa do DVD da versão de 1984
Outra função do Ministério da Verdade é criar a Novilíngua, uma nova língua que, quando finalizada, não haverá como se dizer algo contra o Partido. Duplipensar  é o principal verbete. Criação interessante também é a Teletela, espécie de TV bidirecional, em que o cidadão era obrigado a assistir e também era assistido. A alienação é tamanha que, quando desligada, a Teletela exibe a figura do Grande Irmão imóvel.
        Este tal Grande Irmão é o líder do Partido, que não tem nome por haver apenas um, não há oposição. Há cartazes por todo o país com a figura dele e os dizeres "Big Brother Is Watching You". Funciona no poder como Stalin. Ele luta veementemente contra Emmanuel Goldstein, opositor do Partido que se parece com Trotsky no modo de agir. Isso, é claro, se é que ele existe, ou existiu. Esse Emmanuel é exaltado diariamente por dois minutos todos os dias pelos cidadãos , que devem esgotar sua gama de palavrões e histeria contra a figura dele. Em seguida, para acalmar, adoram a figura do Grande Irmão.

Cartaz de divulgação do Musical
Winston é um pouco indiferente a tudo; concorda e discorda de muito, mas não age muito. Quando conhece Julia, que se torna sua amante, vivem aventuras incríveis para viver uma tentativa de realidade, um amor sincero, que escapa da guarda do Partido, já que amor e sexo são quase proibidos.
1984 é considerado um dos livros mais importantes da Literatura Mundial e foi até filmado por duas vezes, uma em 1956 e outra em 1984. Também foi adaptado para a ópera, estrelada no Royal Opera House em 2005. No Brasil recebeu uma versão musical, em 2007.
      Um dos meus livros favoritos, convida à reflexão suavemente e mostra de uma forma "light" como pode ser o mundo "hard" daqui a algum tempo.
          Abraços!

2 de fevereiro de 2011

Formas Diferentes

Olá Amigos!

        Fiquei um longo tempo sem mexer aqui no blog por motivos alheios à minha vontade... quem me conhece pessoalmente sabe o que aconteceu e não cabe explicações neste espaço. Farei esse post com um tema que pode soar estranho para alguns, mas, creiam-me, é um modo de ajudar a superar tudo. Falarei brevemente de como algumas religiões lidam com a morte.
        No Judaísmo não há cremação e todos são velados com caixão fechado, em respeito ao falecido. No luto há três períodos: o shivá, o shloshim e o avelut. Os homens vão para o caixão com seus respectivos xales de oração. Numa espécie de velório, o rabino discursa e os filhos (só homens) recitam o kadish, que, aliás é repetido por muitas vezes: 3 vezes ao dia por 11 meses e nos aniversários do falecimento, conforme o calendário judaico.
In Loving Memory, In Memoriam...
         Como quase tudo no Budismo (e isso é positivo), a morte também é fruto de aprendizado. A morte é inevitável e isso deve ser compreendido, fazendo, assim, com que os viventes repensem suas atitudes em vida, agradecendo ao morto pela possibilidade de reflexão gerada. A cremação também é comum. Eles entendem que a vida é um sono e que a morte é o despertar para o possível Nirvana.
        O Islamismo, por sua vez, prega a naturalidade da morte. A cremação voluntária  é proibida terminantemente e todos, se possível, devem ser enterrados. O caixão deve ser simples e só serve para transportar o corpo até o cemitério. Nem o velório é bem visto, sendo feito somente em casos de espera de parentes ou burocracias legais. Para eles, haverá a ressurreição de todas as almas, em corpos jovens e sem problemas.
        O Cristianismo – católico, evangélico, ortodoxo, etc – tem ritos parecidos dentre seus seguimentos. Nele, o espírito (alma) tem dois ou três destinos: céu, inferno e purgatório (este último apenas para católicos), de acordo com as ações realizadas em vida. No dia do Juízo Final, haverá o julgamento de Deus de toda a humanidade e os eleitos conviverão eternamente junto ao Pai. Ambos pregam o velório, a unção, o enterro (preferencialmente) e os ritos futuros, como Cultos, Missas e Orações diversas em memória ao falecido.
        O Espiritismo, apesar de muito próximo do Cristianismo, não prega o enterro e nem a cremação: isso é escolha da família, ou do próprio falecido. Isso porque, para estes, o espírito é eterno e reencarna, evoluindo a cada reencarnação.
        Enfim, há outras religiões, outras etnias e muitas outras formas de lidar com isso mundo afora, mas isso é assunto para outros posts, mais para frente, quem  sabe? O importante é termos a consciência de que, independentemente de qualquer coisa, o que fica é o que fizemos (de bom e de ruim) em vida à pessoa que se foi.
        Abraços!