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2 de fevereiro de 2011

Formas Diferentes

Olá Amigos!

        Fiquei um longo tempo sem mexer aqui no blog por motivos alheios à minha vontade... quem me conhece pessoalmente sabe o que aconteceu e não cabe explicações neste espaço. Farei esse post com um tema que pode soar estranho para alguns, mas, creiam-me, é um modo de ajudar a superar tudo. Falarei brevemente de como algumas religiões lidam com a morte.
        No Judaísmo não há cremação e todos são velados com caixão fechado, em respeito ao falecido. No luto há três períodos: o shivá, o shloshim e o avelut. Os homens vão para o caixão com seus respectivos xales de oração. Numa espécie de velório, o rabino discursa e os filhos (só homens) recitam o kadish, que, aliás é repetido por muitas vezes: 3 vezes ao dia por 11 meses e nos aniversários do falecimento, conforme o calendário judaico.
In Loving Memory, In Memoriam...
         Como quase tudo no Budismo (e isso é positivo), a morte também é fruto de aprendizado. A morte é inevitável e isso deve ser compreendido, fazendo, assim, com que os viventes repensem suas atitudes em vida, agradecendo ao morto pela possibilidade de reflexão gerada. A cremação também é comum. Eles entendem que a vida é um sono e que a morte é o despertar para o possível Nirvana.
        O Islamismo, por sua vez, prega a naturalidade da morte. A cremação voluntária  é proibida terminantemente e todos, se possível, devem ser enterrados. O caixão deve ser simples e só serve para transportar o corpo até o cemitério. Nem o velório é bem visto, sendo feito somente em casos de espera de parentes ou burocracias legais. Para eles, haverá a ressurreição de todas as almas, em corpos jovens e sem problemas.
        O Cristianismo – católico, evangélico, ortodoxo, etc – tem ritos parecidos dentre seus seguimentos. Nele, o espírito (alma) tem dois ou três destinos: céu, inferno e purgatório (este último apenas para católicos), de acordo com as ações realizadas em vida. No dia do Juízo Final, haverá o julgamento de Deus de toda a humanidade e os eleitos conviverão eternamente junto ao Pai. Ambos pregam o velório, a unção, o enterro (preferencialmente) e os ritos futuros, como Cultos, Missas e Orações diversas em memória ao falecido.
        O Espiritismo, apesar de muito próximo do Cristianismo, não prega o enterro e nem a cremação: isso é escolha da família, ou do próprio falecido. Isso porque, para estes, o espírito é eterno e reencarna, evoluindo a cada reencarnação.
        Enfim, há outras religiões, outras etnias e muitas outras formas de lidar com isso mundo afora, mas isso é assunto para outros posts, mais para frente, quem  sabe? O importante é termos a consciência de que, independentemente de qualquer coisa, o que fica é o que fizemos (de bom e de ruim) em vida à pessoa que se foi.
        Abraços!

4 comentários:

  1. Concordo que, independente da religião, o que importa é o que foi feito em vida pela pessoa.
    Não importa o "ritual" de passagem para o outro mundo, importa a lembrança boa que fica pra amigos e familiares.

    Por mais dificil que possa ser,temos de pensar que tudo tem sua hora, e que devem existir pessoas que podemos contar pra dividir o nosso sofrimento e amenizar a dor!

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  2. Muito interessante o post. É curioso saber como diferentes culturas tratam sobre questões que mexem tanto com a essência do ser humano...
    E, realmente, o importante é ter a consciência tranquila quanto ao que se fez pela pessoa em vida, e o amor incondicional por ela demonstrado.

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  3. Stella - Sim eu mesma!!!quinta-feira, 03 fevereiro, 2011

    Como Católica tenho que admitir, outras religiões e etinias são muito mais evoluídas neste apecto que nós. Creio que para eles seja menos dolorido passar por esta triste estapa.

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